sexta-feira, 24 de junho de 2022

Humano - Capítulo 5


 

No dia seguinte a casa no lago está silenciosa, em um plano cenital (do ponto de vista de um pássaro) podemos ver um carro encostando na entrada da casa, Nick e Jason saem do carro e caminham com tranquilidade para dentro da casa.

Silêncio.

Os dois rapazes saem desesperados da casa.


Uma ambulância percorre a estrada.


Jack em primeiro plano, sentado na sala de espera do hospital, atrás dele os ponteiros do relógio se movem lentamente do meio dia até cinco da tarde, os pais das duas garotas são apenas vultos desfocados atrás dele.

Um médico se aproxima, os pais se levantam, o olhar de Jack suplica por um pouco de esperança.


A chuva é incessante, mais uma vez acompanhamos a visão pela visão de um pássaro, o carro funerário entra pelos portões do cemitério.

 O carro estaciona, dois funcionários abrem a porta traseira, de onde retiram dois caixões, Jack carrega o primeiro caixão, seu olhar reflete dor, uma dor tão grande que destruiu sua alma, o policial aposentado e sorridente está morto, restando apenas uma casca vazia, sustentada pela raiva e pela dor.

A chuva cai sobre os caixões, sobre as pessoas, sobre o padre e sobre Jack, os caixões desaparecem na sepultura, os pais choram inconsoláveis.


Segunda-Feira


Jack entra na sua antiga delegacia de polícia, os presentes se aproximam do velho policial, o cumprimentando, Jack agradece educado, é apenas uma máscara.

  • Onde está Wes?

  • Na sala dele…

  • Obrigado.

Antes de permitir uma resposta Jack abre espaço entre os policiais e entra na sala de Wes, de início o velho capitão se irrita, mas ao reconhecer Jack ele muda sua expressão para piedade.

  • Jack… Eu sinto muito, eu prometo que vamos encontrar quem fez isso.

Os dois se abraçam, em seguida se sentam.

  • Você sabe como essas coisas são - o capitão começa a se justificar - mas prometo que vou cuidar pessoalmente do caso.

  • São menores de idade?

  • Jack…

  • São menores de idade?

  • Não, ao menos não parece, temos o DNA deles, a questão é encontrá-los.

  • Você vai encontrá-los, vai prender os dois. O crime teve um líder, ele será condenado a perpétua, vai ficar o resto da vida em uma cela, os demais terão uma pena mais branda. Um deles vai fazer um acordo.

  • Jack, você não deve ficar pensando nessas coisas.

  • Se forem bem assessorados podem fazer um acordo, com promessa de condicional.

  • Onde você quer chegar?

  • O que você tem?

  • Nunca mais pergunte isso, vou fingir que não ouvi, agora você vai sair por aquela porta e vamos fingir que essa conversa nunca aconteceu.

  • O seu cu que eu vou.

  • Jack…

O avô se levanta, sua expressão demonstra que ele não tem mais nada a perder.

  • Eu amo você Wes, é como um irmão, por isso vou pedir mais uma vez, o que você tem?

O coronel olha para seu amigo, não com medo, mas com empatia, por um minuto ele pensa se não faria a mesma coisa, em seguida abre o computador, digita alguma coisa e imprime uma imagem, que oferece a jack.

  • Essa é a melhor imagem que temos, um frame melhorado da câmera de segurança da parte de trás da casa, um policial reconheceu esse homem - ele aponta para um dos quatro estupradores na foto - o apelido é Rato, seu nome é Robert Kennedy Dawson, tem ficha por assaltos e dirigir embriagado.

Wes entrega a imagem para Jack, que observa a imagem sem emoção.

  • Eu pedi um mandato, vamos na casa dele amanhã a noite, se o mandato sair logo, com um pouco de persuasão ele pode incriminar os colegas.

  • Você delataria um homem que fez o que fez ou ficaria em silêncio com medo?

  • É o que temos.

Jack se levanta, em silencio se afasta, antes de sair ouve um último aviso: “amanhã a noite, não posso segurar mais”.


Terça-Feira, noite


Free tem dificuldade para abrir a porta de casa, ele carrega muito peso nas mãos e no coração, uma vez dentro ele bate a porta e caminha no escuro, ligando a televisão, está sendo transmitido o jornal noturno:

“A polícia não tem informações sobre o cruel assassinato da duas garotas que foram passar o final de semana na casa do lago, o principal suspeito Robert Nennedy Dawson está desaparecido”

Free coloca o pacote na mesa, só nesse momento ele percebe que seu cachorro não está latindo.

Um barulho forte, seguido por uma massa negra atravessando a janela, Free cai no chão assustado, ele reconhece seu cachorro morto.

Jack entra pela janela, em silêncio, Free o olha resignado, o idoso o chuta, em seguida o algema ao fogão, em seguida começa a falar.

  • Estou pensando bastante nesses dias, não tenho outra coisa para fazer, senão ficar refletindo. Por anos acreditei na justiça, não por idealismo, mas por acreditar em uma justiça maior.

Free parece entender quem é aquele homem, sua expressão muda para medo.

  • Não foi Deus quem estuprou e matou minhas netas, também não foi Deus quem torturou e matou seu amigo Rato - ele faz uma pausa, abrindo uma sacola esportiva - Fomos você e eu, eu fiquei pensando, se Deus existe ele simplesmente não se importa”.

  • Eu sinto muito, não queria, mas Pluto iria me matar se eu não o fizesse.

  • Ele não se importa, essa é a grande verdade do universo.

Jack retira uma bisnaga de fluído de isqueiro e começa a despejar sobre Free, ignorando os pedidos dele por piedade, em seguida se afasta, abre a caixa de fósforos (Jack aproveita cada momento), risca o fósforo e joga sobre Free.

Os gritos do homem sendo tostados são a coisa mais agoniante e terrível que Jack já viu, ele não se importa.

Free se contorce, mas não consegue ficar de pé, por causa da algema, a dor é tamanha que o homem não consegue ter nenhum pensamento.

Ele demora para parar de gritar, o fogo se espalha e Jack lamenta não poder continuar assistindo o espetáculo e sai pela porta da frente, escondendo seu rosto com um boné e o gorro de sua blusa.

O incêndio toma conta da casa, atraindo a atenção das autoridades e da mídia, nada que se destaque em uma cidade grande. Começa a chover, as gotas preenchem o rosto de Jack, que anda na direção de seu barracão, o mesmo onde Rato fora morto.


Quarta-Feira, entardecer


Bob estaciona seu carro na entrada de um bar streap a beira da estrada, onde entra assustado, em uma rápida olhada pelo ambiente ele encontra Pluto, terminando alguns negócios em uma mesa.

Bob espera perto do balcão até que Pluto termine suas atividades, sua ansiedade é evidente, o que chama atenção de algumas pessoas.

Na mesa, Pluto termina seus negócios, faz um sinal com o olhar para Bob, mas volta sua atenção para uma dançarina ao lado, que retira a parte de cima de seu traje.

Bob senta-se assustado, o que irrita Pluto, o loiro fica assustado, mas não se acanha.

  • Free está morto.

  • Eu soube, virou churrasco,

  • Rato está desaparecido a muito tempo, também deve estar morto.

  • É provável.

  • Os dois sumiram depois…

Pluto desfere um tapa no rosto dele, nada que atrapalhe a dançarina, que agora está de quatro, roçando a virilha no palco.

  • O que você esperava? Um plano de aposentadoria?

  • O que vamos fazer?

  • Bom, vou terminar minha cerveja e depois comer uma gostosa.

  • Tem alguém nos caçando, Pluto.

  • É provável, mas se for verdade, tem que me pegar primeiro.

Pluto levanta-se e segue até uma mesa, onde uma prostituta está à toa, ele a agarra pelo pulso e segue para o segundo andar.

Bob levanta-se desconfortável e sai do bar.

No lado de fora percebe algo de estranho no seu carro, no vidro da frente ele encontra a frase “Você é o próximo”.

Bob saca uma arma e olha em volta, reconhecendo um caminho que segue para uma zona de mato, que leva a um pequeno bosque.

“Pluto tem razão”, ele segue o caminho onde acredita que vai encontrar o assassino de Free e Rato.

Ao se afastar do acostamento da via o mato começa a subir, roçando em sua canela, é quando pisa em uma armadilha de urso, a dor começa, Bob grita de dor, perdendo o equilíbrio, derrubando sua arma.

Jack assiste a cena por detrás da árvore, ele puxa uma corrente, presa em uma roldana fixada na árvore, que ergue Bob pela perna.

O loiro pisou em uma armadilha para urso, cujos dentes atravessam seu tornozelo. 

Jack prende a corrente no toco de outra árvore e se revela para Bob, pendurado de ponta cabeça, girando no ar.

  • Você tá morto cara! Ouviu? Você tá morto.

  • Vocês já me mataram.

  • Quem é você cara? Isso tudo é por causa daquelas garotas?

Jack desfere um soco nas costelas de Bob, seu corpo gira pendurado pelo tornozelo machucado.

O idoso retira do bolso uma bola de fisioterapia e um rolo de fita colante, com o qual usa para amordaçar Bob, em seguida ele desaparece atrás da árvore, ressurgindo com um martelo.

Bob começa a gemer, tentando se afastar, o que aumenta de dor em seu tornozelo, Jack desfere uma martelada nas costelas de Bob, que tem seus gritos abafados, o idoso retira um longo prego do bolso, o encosta na canela de Bob e começa a martelar.

Ele seleciona outro prego e o finca no joelho de Bob, as forças das marteladas forçam demais o tornozelo de Bob, que se separa do pé, derrubando o loiro da árvore, Jack senta-se sobre ele, encosta a ponta do prego no queixo dele e começa a martelar, até não afundar mais.

O próximo prego é colocado sobre o osso zigomático (aquele abaixo do olho, na lateral do rosto), em seguida finca o prego no osso zigomático da outra face.

Jack contempla seu trabalho, Bob está chorando de dor, ele tenta falar, mas não consegue por causa da mordaça, Jack se irrita com a reação patética dele e desfere marteladas por todo o corpo do loiro, que tenta gritar, mas se engasga com a bola. O loiro começa a asfixiar, Jack o vira de costas, retira de seu bolso um arame e envolve o pescoço de Bob.

Jack fica de pé, erguendo Bob pelo arame, os pés do loiro ficam suspensos do chão, o arame adentra a carne do pescoço, Jack coloca mais força, as veias dos seus braços se sobressaem, o arame afunda mais na carne, o sangue escorre em abundância, Bob é decapitado.

Jack desarma a armadilha de urso e se afasta carregando a armadilha em uma mão e a cabeça de Bob na outra.

Ao final da noite Pluto sai do bar e encontra seu mustangue com o capô levantado, a cabeça de Bob está sobre o motor, na boca dele uma mensagem.


sexta-feira, 17 de junho de 2022

Humano - Capítula 4



 Heather e Belém vão para o lago, onde nadam e se divertem, Belém mergulha, surgindo no meio do lago, já Heather toma sol numa boia.

A garota de cabelos longos bebe um drinque, despreocupada, quando Belém vira a boia, derrubando a garota.

  • Sua puta!

  • Assustou, foi?

Uma joga água na outra, até que se cansam, saem da água, se envolvem em hobbies e entram na casa.

Belém é a primeira a entrar na casa, ao adentrar na sala a garota para paralisada, sua expressão muda da alegria para o desespero.

  • Não vai colocar essa bunda molhada no sofá!

Heather grita do lado de fora e entra rindo na sala, quando se depara com o que Belém está olhando, ou melhor, quem Belém está olhando.

Pluto está sentado nas costas do sofá (o recostado na parede oposta aonde as garotas estão) com os pés sobre as almofadas, Rato está sentado em uma poltrona, Bob olhando para algumas fotos e Free mais distante, sentado omisso em uma poltrona distante.

  • Desculpe entrarmos sem um convite, achei que não se importariam.

  • O qu.. que vocês querem? - Belém reúne coragem para falar.

  • Sua amiga jogou meu carro no córrego, a lataria está amassada,  pintura arranhada e vou precisar olhar o motor.

  • Nós pagamos pelo prejuízo - Heather toma a frente.

  • Parece apropriado.

  • Essa é uma casa muito bonita - Rato toma a palavra.

  • Meu amigo Rato tem razão, é muito bonita e espaçosa, por falar nisso - Pluto salta do sofá, fincando os dois pés no chão e caminhando até as garotas - eu fui muito rude com vocês, deixe-me apresentar, sou Pluto, aquele é rato, como já sabem, o loiro com higiene questionável é Bob e aquele rapaz tímido no canto é Bob. E vocês?

  • Sou Heather e essa é minha prima Belém.

  • Uma prima latina?

  • Nossas mães são irmãs, o pai dela é mexicano.

  • Vocês não são um casal?

  • Não, somos parentes.

  • Pare de falar com ele Heather, vocês estão invadindo, vou chamar a polícia.

  • Heather, nós não somos bem vindos? - ele sorri de forma ameaçadora - só quero o ressarcimento do meu carro.

  • Claro, isso é justo.

  • Heather!

  • Sua prima parece pensar diferente - ele olha de recanto para a garota de cabelos curtos e a seca com os olhos.

  • Não a escute, eu estava dirigindo. Vou pagar o prejuízo.

  • Então podemos ficar.

  • Até eu pagar o que devo…

  • Ótimo, você é uma boa anfitriã? Que tal um drinque.

  • Sim, mas claro? O que querem?

  • Tem Whisky?

  • Acho que tem um de 12 anos, pode ser

Jason faz uma expressão um tanto exagerada de quem está impressionado, olha para seus amigos, que dão risada.

  • Parece que somos bem vindos.

Heather vai até o bar, seguido bem de perto por Belém, que veste sua saia por debaixo do hobbie.

  • O que você está fazendo?

  • Não se intrometa.

  • Como assim não me intrometer?

  •  Vou resolver tudo, basta fazer o que eles querem.

  • O que eles querem? Você sabe o que eles querem, depois de conseguirem o dinheiro o que acha que vão fazer conosco?

  • Os rapazes chegam amanhã, talvez hoje a noite.

  • Essa é sua aposta? Sinto muito, mas é muito tempo.

A conversa das duas é interrompido pela música High Hopes do Panic At The Disco!

Rato aproxima-se das duas garotas, esfregando seu corpo nas costas de Heather e olhando com deboche para Belém, ele estica seu braço e pega um copo com o Whiskey. 

  • Peço desculpas pela atitude do Rato, mas seu nome diz muito de sua atitude.

  • Tudo bem - Heather leva dois copos, um até Pluto e outro para Bob.

  • Me diga - Pluto olha para os olhos dela, com o máximo de ironia - esse é um daqueles sons que você liga pelo celular?

  • Isso mesmo…

Pluto leva sua mão ao bolso e retira um iPhone de última geração, Heather reconhece o telefone de sua prima.

  • Ele está com senha, não consegui desbloquear.

  • Belém, qual é a senha?

  • É Belém, qual a senha?

  • Tijuana - ela fala de cara amarrada, ficando de braços cruzados perto da porta.

Pluto digita a senha, assessorado por Heather encontra o aplicativo correto e procura por uma música na internet.

  • Precisamos falar sobre o pagamento dos danos.

  • Tem razão, precisamos falar sobre o pagamento dos danos.

Pluto abre o hobbie de Heather, que recua assustada, esbarrando em Bob, que estava atrás dela.

  • Não, por favor.

Belém grita e corre até Bob, mas é interceptada por Rato, que a joga contra o sofá, saltando sobre ela, pedindo a ajuda de Free.

  • Me ajude cara.

Mas Free permanece em silêncio.

Pluto agarra o punho de Heather e grita com Free.

  • Levante daí e o ajude!

Free se levanta desconfortável e segura os punhos de Belém, a garota o olha nos olhos com muito medo, Free desvia o olhar “me desculpe!.

Rato ergue o hobbie de Belém passando a peça de roupa pela cabeça dela, acariciando as coxas e a bunda sob a saia, ela grita.

Bob segura Heather pelos ombros, enquanto Pluto a despe, primeiro o hobbie, depois a parte de cima do biquíni.

Free puxa Belém por cima das costas do sofá, a garota esperneia, tenta chutar o ar, mas Rato se diverte, em fim ele segura a moça pelos tornozelos, abre as pernas dela, arranca, com um puxão a parte debaixo do biquíni e começa a estupra-la.

Belém grita e chora, mas Rato é firme, violento e duro com a garota, que grita em desespero.

Free fecha os olhos, tentando não ouvir, Bob fica rindo, já Pluto encara Heather com sadismo, acaricia os seios da moça, que começa a chorar. O criminoso segura o rosto dela com força e o vira para o lado, a obrigando a ver sua prima ser violentada.

O choro de Belém começa a diminuir,  Rato bate na bunda dela e se afasta.

Pluto joga Heather para cima de Bob e circunda o sofá, com o iphone na mão.

  • Eu sempre tive um fraco por cabelos curtos.

Ele puxa Belém pelo braço, sentando no sofá, em seguida mexe no celular, escolhendo uma música.

  • Espero que goste, é a música que ouço quando faço amor.

Começam os primeiros acordes de Over the Rainbow, enquanto Pluto tira suas calças.

Free se afasta, ele vê Bob jogar Heather no chão, a garota soluça, enquanto Rato circula.

“Em algum lugar, acima do arco-íris, bem no alto”

Pluto começa a estuprar Belém, que simplesmente olha para o lado, morta por dentro.

“Há uma terra que eu ouvi uma vez em uma canção de ninar”

Heather grita ao ser penetrada pela primeira vez.

“Em algum lugar, acima do arco-íris, os céus são azuis”

Pluto lambe o pescoço de Belém, enquanto segue com o estupro, a garota continua inerte, sem reação.

“E os sonhos que você se atreve a sonhar/Realmente tornam-se realidade”

Rato puxa Heater pelas pernas, essa não para de chorar, agarra os seios dela e começa um novo estupro.

“Algum dia eu desejarei chegar à uma estrela”

Pluto termina com Belém, a garota abraça os joelhos como expressão de nojo.

“E acordarei onde as nuvens estarão bem atrás de mim”

Pluto segura Free pelo cangote e o joga sobre Belém, relutante ele começa o estupro da garota, que morde os lábios de dor. Pluto assiste rindo.

“Onde os problemas derretem-se como balas de limão”

Bob aproxima-se de Belén, segura a cabeça dela e vira o rosto da garota para si, introduzindo a força o pênis em sua boca.

“Bem acima dos topos das chaminés/É onde você me encontrará”

Heather se arrasta pelo chão, a sombra de Rato surge sobre ela, a garota faz que não com sua cabeça.

“Em algum lugar, acima do arco-Íris, pássaros azuis voam”

Rato abre as pernas dela e tenta enfiar uma garrafa em sua vagina, Pluto agarra a garota e a ergue, colocando de bruços no sofá.

“Pássaros voam acima do arco-Íris”

Rato agarra a bunda dela, dá um tapa, morde uma das nádegas, introduz a garrafa na vagina dela.

“Porque então, oh, porque eu não posso?”

Belém morde o pênis de Bob, que se afasta machucado, Free estava distante, ferida (no corpo e na alma) Belém se levanta e corre pela porta afora.

“Se pequenos pássaros felizes voam”

Ela vê o céu azul, quando sente uma dor lancinante na base de sua coluna, Pluto a chutara com força, a atirando no chão, o violentador a segura pela perna e a arrasta para dentro.

“Além do arco-íris”

Bob recebe Belém com uma garrafada na cabeça, ao cair no chão a garota é chutada.

“Porque, oh, porque eu não posso?”

O sofá onde Heather foi estuprada por uma garrafa está manchado de sangue, Rato segura a garota de pé, visivelmente ferida, a obrigando a assistir a cena, Pluto se aproxima dos dois, ele desfere um soco no estômago dela, a arrastando pelos cabelos.

A música termina.

Pluto emaranha sua mão nos cabelos de Heather, em um surto de ódio ele gira a garota no ar, a arremessando contra o espelho do bar.

O vidro se despedaça, com rastro de sangue, a garota cai sobre o balcão, quebrando algumas garrafas, em seguida quiqua para atrás do balcão.

Bob continuava chutando Belém, quando Rato o afasta, apontando para Pluto, que claramente queria ser ouvido.

  • Eu fiz uma promessa as moças, não iria embora até ser ressarcido, vasculhem tudo e peguem o que tem valor. 

sexta-feira, 10 de junho de 2022

Humano - Capítulo 3


 

Belém e Heather caem na estrada, a bordo do Ranger Rover vermelho de Heather, as duas colocam música e seguem estrada a fora.

Mais para frente Rato (o rapaz torturado no primeiro capítulo) termina de se aliviar na beira da estrada.

  • Anda logo com isso!

  • Nem tem muito para chacoalhar mesmo kkkkk! Tá ligado.

Seus três amigos estavam ao lado do Mustang 1980, bastante remendado de Pluto, um cara grande, cabelos nos ombros, e cavanhaque, sustentando um olhar entediado para a estrada. 

Os outros dois eram Bob, um loiro de cabelos sujos, e Free, um homem negro de olhar vazio.

Pluto cerra os olhos, focando sua visão para uma Ranger Rover vermelha que cresce no horizonte, sua atenção é atraída a princípio pelo carro, uma de suas paixões, o carro diminui o suficiente para evitar qualquer acidente, o que propicia Pluto olhar para as duas garotas, ele sorri.

  • Mija logo, seu pedaço de bosta.

Pluto entra no carro e liga o motor, Bob e Free entram correndo, sabendo que seriam largados, seguidos por Rato que derrama as últimas gotas de urina na calça.

Dentro do Ranger Rover.

  • La la land, com certeza - Heather se concentra na estrada, mas vê de relance o sorriso de deboche de sua prima.

  • La la land é muito chato

  • Chato! Como assim chato? - o carro quase sai da pista.

  • Do nada todo mundo começa a cantar.

  • Você tem ideia de como é difícil fazer aquelas cenas em plano sequência?

  • Concordo que o filme é bem feito, mas o melhor do ano foi Hear.

  • Que susto, achei que você ia dizer Thor.

As duas caem na risada, se divertindo com o absurdo, sem perceber que um Mustangue cresce no espelho retrovisor.

As meninas se assustam quando o Mustangue surge de forma ameaçadora ao lado delas. Pluto emparelha os carros, olhando para dentro da Ranger, sorrindo, sedutor, mas perigoso.

  • Heather, deixa eles irem.

  • Você tem noção de que carro é esse?

Pluto buzina e seus colegas dão risada, ele diminui e acelera, convidando as garotas para um racha.

  • Heather, deixe eles irem, é só não acelerar.

Pluto pisa fundo no acelerador, sumindo no horizonte, as duas meninas respiram aliviadas.

  • Eu poderia vencer.

  • Heather!?

  • Eu já disse que esse carro é rápido e resistente, eles estão em uma lata velha.

  • E quem tem mais a perder?

O carro das garotas segue até um trecho com muito mato na estrada, quando o Mustangue surge atrás delas, quase provocando um acidente, os dois carros diminuem a velocidade e param.

  • O que vocês tem na cabeça? - Belém coloca a cabeça para fora da janela, gritando a plenos pulmões.

Pluto desce do carro, rodeia o Ranger e sorri para as meninas, simulando uma reverência.

  • Me desculpe, não que ser… como se diz? Ofensivo.

  • Você quase nos matou!

  • Um pouco de exagero, deve ser o sangue latino falando alto.

  • O que você quer?

  • Uma brincadeira, não tem muita gente aqui.

  • Quer correr? - Heather se intromete.

Pluto começa a rir.

  • Quem é você? Max Verstappen? Nada disso, tirar racha é perigoso, quem vocês acham que nós somos? Vocês são garotas, nós homens. Pensei em passarmos o tempo.

  • Não obrigada, vamos Heather.

  • Mas você não quer ir, não é Heather? Ficou curiosa.

  • Na verdade? Não, nem um pouquinho - ela enfatiza o “inho” insinuando o pinto pequeno de Pluto.

  • O que foi, ele aponta para seus amigos, não somos bons o bastante.

  • Isso mesmo! Não são bons o bastante.

  • Vocês colam velcro, é isso? deixa minha cobra cutucar essa aranha.

Heather acelera o carro e sai em disparada, Pluto sorri, ele entra rapidamente em seu Mustang.

Um ronco envenenado sai do motor do Mustang, que dispara pela estrada, se aproximando do Ranger Rover, as meninas olham assustadas, Heather acelera mais, mas vê a diferença diminuindo entre eles.

Heather faz uma manobra em zigue zag, ficando a frente, mas o Mustang emparelha, a garota troca a marcha, indo mais rápido, se aproximando da curva.

  • Heather….

  • Agora não.

A firmeza de sua voz é idêntica a de sua direção, a garota faz a curva, derrapando o suficiente para aproveitar a velocidade da frenagem. Pluto repete a curva, com um pouco menos de precisão.

Ela vê uma bifurcação, à frente na estrada, a direita uma ponte, com um pequeno córrego abaixo.

Heather dá a direita para o Mustangue e pisa firme, Pluto sorri confiante “isso mesmo gatinha”.

Ao se aproximarem da bifurcação Heather acelera o máximo que consegue, vira para direita com velocidade, mas volta a andar reto.

Pluto se surpreende com a manobra, em um gesto defensivo e de puro reflexo, joga o carro para a direita, caindo no córrego.

As meninas olham para trás, rindo em alívio, elas seguem viagem.

Pluto sai do Mustang, olhando para o Ranger que desaparece no horizonte com ódio.

Enquanto os três caronas começam a rir, Bob chuta o pneu do Mustangue, o que desperta o ódio em Pluto.

O motorista segura Bob pela garganta, o erguendo, emitindo um ódio ele joga o loiro sobre algumas pedrinhas da margem.

  • Não toque no carro!

  • Pluto…

  • Cala a boca Rato, aquelas duas vão pagar pelo que fizeram.

Ele agarra o carro, o empurrando, seus três amigos fazem o mesmo.

Enquanto isso as garotas respiram aliviadas, Heather acelera “só vamos chegar logo, lá avisamos o segurança”.

Pluto consegue colocar seu carro na estrada, quando as garotas passam pelo portão do condomínio, diminuindo a velocidade, elas seguem até o lago, onde o circundam com o carro até o outro lado, onde se isolam dos demais.

As duas amigas abandonam o carro, levando suas bagagens para dentro da casa.

A sala é enorme, com dois ambientes, elas sobem as escadas, cada uma entrando em seu quarto.

Pluto segue reto pela estrada.

  • Onde estamos indo? - Free está assustado.

  • Onde você acha? Atrás daquelas que estragaram meu carro.

  • Mas Pluto, elas podem estar em qualquer lugar.

  • Você é idiota? Não reparou nelas? Onde que os riquinhos vão quando passam por aqui.

Pluto segue outro caminho, indo por um caminho de terra, até o topo de um morro, abre o porta luvas, de onde retira um binóculos, desce do carro.

Bob se vira para Rato.

  • É aqui que observamos as gostosinhas no lago.

  • Isso vai ser divertido, cara.

Free fica ainda mais preocupado.

  • Achei o carro delas.