domingo, 3 de outubro de 2021

Carnal Capítulo 03

 


Helena sorri, sua expressão muda para a felicidade. É sábado de manhã, ela está entra no restaurante e abraça o sacerdote satânico, só que hoje ele está com seu melhor terno.

- Tio Simas.

- Helena, querida, obrigado por vir.

- O que está fazendo em Londres?

- Madrid estava muito chato.

- Os dois se sentam felizes.

- Olhe para você, virou uma bela mulher.

- São seus olhos - ela cora.

- Seus pais ficariam orgulhosos.

- Obrigada, por tudo.

- Seu pai foi meu melhor amigo, foi um prazer criar a filha dele.

Após o almoço, os dois caminhavam pela margem do tamisa, se aproximando da roda gigante que molda o horizonte londrino.

O telefone toca, Helena vê a mensagem de Tom e sorri.

- Alguém importante.

- Um rapaz que conheci na faculdade.

- Eu disse que você está se tornando uma bela mulher.

Os dois passam a frente de uma barraca de artigos esotéricos, Helena não se sente bem, o vendedor reflete a luz do sol nos seus olhos. Helena se sente tonta.

Londres gira ao seu redor, sua fotografia é queimada, Helena se ajoelha nua na frente de Kaho, atrás delas a estátua de Asmodeus.

Helena acorda em sua cama, estranhando como chegou lá ela se levanta com cuidado, ainda vestia a roupa do almoço, ao sair do quarto se depara com Simas e Kaho sentados na sala.

- Você está melhor - o tio se levanta.

- O que aconteceu?

- Um mal estar, nada para se preocupar.

- Seu tio disse que você passou mal e a trouxe pra cá. Esteve dormindo por uma hora.

- Uma hora?

- Você tem estudado muito, gata, nas últimas noites você tem estudado até tarde e levantado cedo.

- Tive um sonho estranho, não lembro de nada…

- Acontece quando se estuda Freud, muitos sonhos estranhos.

- Sua boba.

O tio se aproxima, beija Helena na testa e a olha com carinho.

- Vou deixar que descanse, agora estou em Londres, podemos nos ver quando quisermos.

- Estou muito feliz tio.

Ele se retira, deixando as garotas sozinhas, ao se perceber sozinho pega seu celular e liga para Tom Dursley.

- Ligue para ela em uma hora, a convide para sair no domingo.

Assim foi feito, naquela noite Kaho se prepara para sair. Dentro de seu quarto a moça se troca, dentro de seu armário, ela dobra o hábito negro e o coloca dentro da bolsa.

 A japonesa termina de passar o batom e vai para sala, onde Helena está sentada, assistindo Suspiria, de 1977.

- Dario Argento é muito conhecido no Japão.

- É um filme bastante estranho.

- Como você está?

- Muito bem… Tom ligou.

- E como vocês estão?

- Ele parece uma boa pessoa, contei o que aconteceu, ele me convidou para jantar amanhã.

- Helena roubando corações.

- Para com isso, é só…

- É só?

- Gosto dele, só isso.

- Durma bastante, amanhã você precisa estar descansada, pode ter que fazer muitos exercícios.

- Kaho!

- por que você está saindo com ele?

Antes de ter sua resposta a japonesa sai.

Helena termina de assistir o filme, ela imagina Kaho namorando Ronald: o rapaz a beija, descendo seus lábios pelo pescoço dela, aperta a bunda de kaho, que se reclina no sofá, num convite.

 Braços saem do sofá acariciando o corpo de helena, ela geme de prazer enquanto as mãos percorrem suas curvas, envolvem seus seios. Ela ergue a perna direita, permitindo a entrada de uma das mãos por sua saia, outra penetra sua camiseta a rasgando e massageando seus seios, ela se contorse chegando ao orgasmo.

Imagens do culto de Asmodeus.

Os satanistas deixam seus véus caírem, revelando seus corpos nús, a estátua do demônio ganha vida, mas não deixa de ser uma estátua. Seus olhos presenciam a orgia, as cabeças de animais se movem de maneira travada, um jorro de vapor sai de suas ventas.

Kaho é deitada por Simas, dois satanistas fazem um sanduiche com uma garota, um satanista faz sexo anal com outro homem, um casal de mulheres.

Kaho cavalga Simas, rebolando sobre sua pelves.

Ao fundo surge Helena, usando um vestido de noiva, sombras pretas nos olhos (formando um desenho pontiagudo), batom vermelho escuro, muito escuro, quase preto. Seu rosto oculto por um véu negro transparente.

O rosto delicado e inocente de Helena toma formas diabólicas, seus caninos se sobressaem.

Naquela noite Minerva volta para casa, levemente alcoolizada, ela passa por uma porta, com uma vidraça opaca, por detrás podemos ver a silhueta de Helena, recostada no vidro, acompanhando o cambalear da garota com os olhos.

Minerva tenta abrir a porta, mas sua chave cai, sorrindo ela tenta se abaixar, mas se desequilibra. 

Helena pega a chave e a coloca na fechadura, a garota está com uma camisa jeans, com um único botão tapando sua nudez e uma mini saia.

- Você é aquela menina estranha, o bicho de estimação da professora Ashley…

- Helena.

- Isso

- Ela cambaleia, Helena a segura, aproximando seus lábios da garota, que ri. As duas entram no apartamento. 

- Então é verdade, você mora sozinha.

- Ideal para trazer quem eu quiser.

Ela da as costas para Helena, fazendo um sinal com as mãos para a espanhola ir embora, Helena sorri como um predador, avança em Minerva, cravando seus dentes no pescoço da garota que tenta gritar.

Helena se deita sobre Minerva, saca uma faca e corta a lingua da garota, o sangue jorra pela sala, a espanhola avança mais uma vez, mordendo o olho da garota esnobe, que já não ´pode mais gritar.

Conclui no próximo capítulo

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