sábado, 6 de julho de 2024

Alice Sacrifício Humano Capítulo 8 - A Quarta Alice


 

Yuki entra em casa, mais aliviada e confiante, seu breve alívio termina ao acender as luzes, Kyoko está a sua frente, morta, o sangue seco escorre por sua boca, a garota aponta para a palavra que escreveu na parede, com seu sangue: “Shub-Niggurath”. 

Yuki cai no chão desesperada, seu telefone toca.


Fuyutsuki está no apartamento de Kyoko, olhando para o corpo da garota, a conversa que teve com Yuki vem a mente, ele não acreditou em nada, contudo aquela morte muda tudo.

O detetive não sabe no que acreditar, uma vida em busca de lógicas e certezas questionadas de súbito.

- Alguém pode explicar como isso é possível?

A imagem de Shub-Niggurath pisca em sua mente, Fuyutsuki cambaleia, buscando um assento, enquanto tenta lidar com a tontura, uma onda de angústia o invade, seu celular toca.


Yuki está em sua casa, ela observa a imagem de Shub-Niggurath na tela de seu computador, sua expressão é determinada.

- Seu deus filho da puta.


Longe dali, em um jardim amarelo, dois gêmeos - um menino e uma menina, ambos de roupas amarelas - estão sentados em uma mesa de jardim, debaixo de uma roseira. A mesa possui modelo europeu, combinando com as cadeiras, ele lê uma história, ela dá de comer ao seu urso de pelúcia. 

Kyoko aproxima-se das crianças com sua bandeja com um bule, duas xícaras e um guardanapo ocultando algo.

O garoto coloca seu livro de lado para beber o chá, a menina o acompanha.

Após o chá os irmãos correm pelo jardim, encontrando uma porta amarela, algo os faz parar assustados, a menina toma a frente.

- Não…

- Por que não? Seria uma aventura.

Ela segura a mão de seu irmão, os dois se olham, ele engole em seco. busca forças no olhar da irmã, ambos entram pela porta amarela.

O coelho branco descarnado segue os irmãos gêmeos, no jardim dourado Kyoko está sentada à mesa, cantarolando, com diversos coelhos fazendo bocal.

“A quarta alice eram irmãos gêmeos/Pelo país das maravilhas eram curiosos/Passaram por várias portas até encontrar/Uma porta amarela que eles foram explorar!/A irmã era valente e ele inteligente/Chegaram perto de ser a Alice certa”.

O irmão sai de dentre as árvores, sua expressão era de arrependimento e tristeza, em seus braços a irmã morta, com o peito atravessado por um punhal, suas mãos sujas de sangue.

“Mas não acordaram mais desse sonho/Pois neste estranho país acabaram perdidos”.

Kyoko retira o guardanapo, exibindo a dama de copas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário